BAIXINHO DO PILÃO

“Artesanato Rancho Velho Ouroeste”


Filho de Joaquim de Carvalho, homem que era peão carreiro e muito habilidoso em esculpir pequenos objetos e animais em madeira, o Sr. Antonio de Carvalho herdou do pai o dom de artesão. Confessa que, ao esculpir, tem a lembrança do pai bem viva em sua memória, sem mencionar a enorme saudade que sente dele.

O Sr. Antonio é o Baixinho do Pilão. Conhecido desta maneira pelo povo de Ouroeste, Indiaporã e região, Baixinho carrega este apelido por atender muitos pedidos de amigos para que esculpisse pilão em madeira na época em que este objeto ainda era muito usado para descascar arroz, socar milho para fazer quirela, paçoca e etc.

Baixinho nos conta que, após uma vida de muito trabalho onde passou anos como operador de maquinas e exercendo três honrosos mandatos como vereador da cidade de Indiaporã, só pode desenvolver mais suas habilidades ao aposentar-se. Livre das obrigações seculares, seu tempo foi dedicado exclusivamente ao artesanato.



Homem alegre e agradável com as pessoas que recebe, Baixinho, hoje, faz suas obras em seu rancho na cidade de Ouroeste. Bastante procurado, sua fama atinge outros Estados. Geralmente, são agropecuaristas, que encomendam trabalhos em madeiras para ornamentar suas fazendas e manter vivas lembranças de tempos saudosos, capazes de provocar boas recordações naqueles que viveram a aventura de desbravar o sertão de nosso glorioso Brasil.

Mas não pense que Baixinho tem só esta habilidade para se orgulhar. O artesão alimenta um desejo forte de escrever versos que relatam o cenário da vida que levou, e se emociona quando amigos pedem para ele declamá-los. Com voz forte e imponente, Baixinho se realiza ao atender a todos.

Baixinho se define como um “brasileiro daqueles que se vêem pouco por ai, apaixonado pelos pais e pelo que faz, que zela por uma boa amizade, e assim leva a vida feliz”.

Alguns versos de sua autoria:


Num passado bem distante, quando este mundo era sertão.
O que seria da família se não tivesse um pilão.
Deste tempo que falei, de um passado que foi bom.
O mantimento era colhido na mão, e preparado num pilão.

Fonte: Revista Acontece
Carlos Fávaro
revistaacontececardoso@hotmail.com
17 3453-2059 / 8126-1874

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