PEQUENOS ROTEIROS: BONS NEGÓCIOS

Se vasculharmos os roteiros turísticos oferecidos, constata-se um vazio mercadológico: a maioria deixa os destinos de curta duração e baixa quilometragem à descobertos. Tal tendência está sendo revertida. Se tomarmos alguns indicadores como: populações concentradas nas grandes áreas metropolitanas do país; o número de pessoas da terceira idade e aposentados; a quantidade de pessoas que, mesmo possuindo habilitação para dirigir, tem medo de enfrentar estradas; as pessoas descasadas, viúvas e solteiras; as de faixa etária até 13 anos; as dificuldades econômicas para gastos mais altos; a tendência de viajar mais vezes foras das férias anuais, pede novas alternativas de roteiros.

É preciso, pois, quebrar tabus.

O primeiro que roteiros de curta duração e baixa quilometragem são inevitáveis economicamente. Os mesmos não podem ser vistos como conceito de turismo social, ou como ações voltadas para os denominados “farofeiros”.
O segundo que o público só quer excursões de média e longa duração, acoplados a médias e longas distancias.
O terceiro: que para roteiros de pouca quilometragem os interessados vão por conta própria.

Devemos atentar para a quantidade de pessoas que nos grandes feriados permanecem na cidade e poderiam ser conquistadas com programação diferenciada junto a hotéis, spas, parques temáticos entre outros.
Devemos realizar levantamento de opinião, pesquisas concentradas em fábricas, escritórios, condomínios, faculdades, escolas, aeroportos, estações rodoviárias, postos de gasolina etc e depois trabalhar os resultados e oferecer ao público , os destinos que foram indicados, com os preços mais justos. Imprescindíveis ações de parcerias no receptivo, envolvendo governo local, comunidade, empresários, fornecedores de serviços, juntamente com os agentes de viagens.

Os caminhos da venda devem ser diferenciados, sendo tais excursões apresentadas e até comercializadas em super e hiper mercados, shopping centers, grandes shows, casas noturnas, faculdades, escolas, clubes, levando assim, o agente de viagem a esses locais de compras , lazer, entretenimento e cultura.. Esse vazio e ao mesmo tempo nicho, podem ser ocupados por “pool” de pequenas agencias, minimizando custos e ampliando horizontes.

Outra possibilidade é o roteiro temático, que além de amarrar todas as opções de lazer, traz consigo atividades específicas, de educação, treinamento, cultural, ambiental, científico, técnico, como por exemplo: esportes radicais, sáfari fotográficos, exploração de cavernas, mini spa, com mínimo de pernoites, tendo como possível alternativa de alojamento as propriedades rurais, onde a vivência do campo, mesmo perto dos grandes centros, com alimentação típica, sejam motivos de satisfação e aumento de vendas.

Fonte:
Otavio Demasi
Consultor de Turismo/Jornalista
odtur@ig.com.br - www.odtur.blogspot.com
Telefones: 11.5548.5105 / 11.8342.2672

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