Segundo o dicionário, Meridiano possui vários significados que convergem para as coisas do meio-dia, ou o meio do dia, quando o Sol alcança seu ponto mais alto no céu e sua luz ilumina, com muito mais força e calor, a face da Terra e tudo o que nela existe. Coincidentemente, começamos nossa Aventura em Meridiano bem no início da tarde, passava um pouco das 12 horas quando chegamos à simpática cidade. Enquanto aguardávamos por um contato da pessoa que nos guiaria na busca pelos pontos turísticos e as belezas naturais de Meridiano, colocamos os “olhos” na Praça Central, onde está localizada a Igreja Matriz “Nossa Senhora da Conceição Aparecida” e onde também estão localizados os prédios da Câmara Municipal e o Paço Municipal. Frondoso e exuberante é impossível não se impressionar com o grande e velho Jatobá, testemunha dos primórdios e da trajetória de Meridiano.

Aproveitamos nossa visita para registrar também a Capela de “São José”, remanescente dos primórdios da cidade, quando o povoado era dividido por questões políticas em São José da Maravilha e São João da Maravilha.



Cidade bonita
Numa rápida volta pelo perímetro urbano, percebemos em Meridiano toda a preocupação da atual Administração Municipal com relação à conservação e recuperação das instalações públicas. A cidade se apresenta bonita e bem cuidada, com praças limpas e floridas, ruas bem arborizadas e na entrada da cidade o Cristo Redentor, uma imagem digna de cartão postal a qualquer hora do dia.

Depois de registrarmos para as páginas da Imagem a beleza urbana de Meridiano, nos reunimos com o prefeito municipal José Torrente, a primeira dama Helena Lucon Torrente e com nossos acompanhantes: Maycon, responsável pelo setor de Turismo do município, Wilson Teixeira Fachinconi, empresário local e experiente piloto de barcos, Edmir Stefanin Perez e o motorista da Aventura, Marcos Pereira. Depois de uma rápida reunião, decidimos o itinerário e saímos a campo. Meridiano possuía muitas belezas a serem retratadas.

Tamanha é a atenção do prefeito Torrente para as questões ambientais que, recentemente, a Administração Municipal adquiriu um veículo para a realização de todo o trabalho ligado à preservação do meio ambiente, inclusive o levantamento e cadastro das inúmeras nascente ribeirinhas.

Santo Antonio do Viradouro
A equipe da Revista Imagem não poderia deixar de visitar Santo Antonio do Viradouro. Pertencente a Merdiano, o pequeno povoado mantém em suas características a tranquilidade peculiar do interior e muita história.

Córregos
Ao adentrarmos a zona rural de Meridiano, desvendamos a beleza de vários córregos e nascentes, dentre os quais destacamos o São Domingos e o São João, com suas belas formações em arenito e águas cristalinas e redescobrimos o veio da antiga Estrada Boiadeira, que no trecho que corta Meridiano ainda apresenta o sulco original, porém tomado em grande parte pela densa vegetação.



O Golfinho e a Corredeira da Piranha
Nossa equipe teve acesso a um verdadeiro espetáculo da natureza graças ao trabalho de nossos acompanhantes. Tivemos o privilégio de conhecer a Fazenda Golfo Nobre, de propriedade do senhor Jairo Domene. Uma área particular que abriga a “Corredeira da Piranha”, também conhecida como “Golfinho”. Uma exuberante queda d’água com lajeados, onde o poderoso São José dos Dourados mostra sua força. Existe no local uma pequena ilha, utilizada por moradores locais e turistas para a prática do camping.

Os ranchos e o São José dos Dourados
Seguimos o curso contrário ao do rio São José dos Dourados e chegamos ao condomínio de ranchos. Localizados no trecho tranquilo do rio, os ranchos instalados às margens do São José dos Dourados, começaram a ser edificados há cerca de trinta anos e hoje possuem boa estrutura, onde é possível se viver as emoções de ótimas pescarias.

Seguindo de barco pelo trecho navegável do rio, encontramos um dos pontos mais procurados por pescadores. Conhecido como 160, é um ponto onde o Rio São José dos Dourados forma uma espécie de bacia, com águas calmas e profundas, segundo os pescadores é um excelente ponto de pesca.

Desembarcamos no 160 e seguimos a pé até encontrarmos a Lagoa da Meia Lua, um verdadeiro berçário de pássaros, muito visitado por capivaras e outro animais pertencentes à fauna local. Segundo os guias de nossa equipe, na época das cheias o visual da lagoa é ainda mais surpreendente.

O Golfo
Feito o registro do trecho navegável do “Douradão”, era chegado o momento de voltarmos ao ponto de estrangulamento do rio e registrarmos o Golfo, uma das mais impressionantes corredeiras de nossa região. Com grandes lajeados e muitas pedras que avançam rio à dentro, o Golfo impressiona por sua beleza e pela força que as águas do São José dos Dourados adquirem ao passarem pelas corredeiras. O barulho é inacreditável e é possível ouvir o ronco das águas a uma boa distancia. A equipe da Imagem mais uma vez ficou extasiada com a beleza de nossa região. Meridiano estava registrada em nossas lentes e na nossa memória. Fizemos o caminho de volta sentindo um cansaço gostoso e aquela sensação de missão cumprida. Havíamos registrado belas imagens.

Fonte:
Revista Imagem