Trio Mahle, grupo Aulustrio e orquestra São Paulo Sinfonieta se apresentam na Concha Acústica a partir das 20 horas
O clima natalino tomará conta da região central da cidade nesta quarta-feira, dia 22, com uma programação cheia de encantos e muita música clássica. Na ocasião, acontecerão as apresentações do Trio Mahle, grupo Aulustrio e orquestra São Paulo Sinfonieta e Coro com o espetáculo “As Quatro Estações de Vivaldi a Piazzola”. A programação tem início a partir das 20 horas, na Concha Acústica “Professor Geraldo Alves Machado”.
A apresentação do Trio Mahle iria acontecer na última sexta feira, 17, mas devido às chuvas, o show foi transferido para esta quarta-feira, 22.
A última apresentação do Festival Natalino fica por conta da orquestra São Paulo Sinfonieta e Coro com o espetáculo “Concerto de Natal” na quinta-feira, dia 23. O Festival Natalino é uma realização da Prefeitura de Votuporanga por meio da Secretaria da Educação, Cultura e Turismo.
“As apresentações estão muito bonitas e com uma qualidade maravilhosa. Na segunda-feira, por exemplo, a população que passava pela Rua Amazonas, em frente à Praça Cívica, parou para conferir de perto o show da Corporação Musical ‘Zequinha de Abreu’ e de alunos das escolas de dança de Votuporanga, com apresentações de dança de salão, dança do ventre, hip hop com o Bboy Tico e seu grupo”, destacou a secretária da Educação, Cultura e Turismo de Votuporanga, Eliane Baltazar Godoi.
Trio Mahle
Cláudio Micheletti é natural de Piracicaba, São Paulo, é violinista e spalla da Orquestra Experimental de Repertório (OER) e da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp). Diplomado em 2004 pela Academia de Música Liszt Ferenc em Budapeste (Hungria), sob orientação de Eszter Perenyi e graduado em violino pela Unesp em 2000, sob orientação de Ayrton Pinto. Micheletti iniciou seus estudos musicais na Escola de Música de Piracicaba em 1986, tendo estudado também mais de uma década com Elisa Fukuda.
Micheletti atuou como solista diante de diversas orquestras como Osesp, Camerata Fukuda, Experimental de Repertório, Sinfônica de Campinas, Orquestra Sinfônica do Estado de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, Orquestra de Câmera Brasiliana, Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro, Orquestra de Câmera da UNESP e Camerata de Jundiaí.
Participou de Master Class com os violinistas Chaim Taub, Boris Belkin, Dmitri Sitkovetzki, Salvatore Accardo,Victor Danchenko, Zakhar Bron entre outros. Em 1998 participou do Curso de Virtuosidade violinística com o Professor Corrado Romano.
Gabriella Affonso é pianista, natural de Belém do Pará e reside nos Estados Unidos, onde realiza o curso de “performance em piano” na Indiana University com Arnaldo Cohen, tendo sido assistente do mesmo nos anos de 2007 e 2008. Dentre seus principais mestres destacam-se os pianistas Arnaldo Cohen (Indiana University), Edson Elias (École Normale de Musique de Paris, ‘Diplome d’Execution’ com honras do juri), Edna Golandsky (City University of New York, Bacharelado em Música com Summa Cum Laude, e Mestrado), Doris Azevedo (Escola de Música da UFPA, curso técnico com honras).
André Micheletti é natural de Piracicaba, toca violoncelo e atualmente está na fase final de seu doutorado na Indiana University, como bolsista da CAPES-Fulbright, em Violoncelo e Violoncelo Barroco. Mestre em violoncelo e pedagogia do violoncelo pela Northwestern University em Chicago, e bacharel em violoncelo pela Unicamp, André iniciou seus estudos musicais na Escola de Música de Piracicaba.
Foi concertino da Columbus Indiana Philharmonic Orchestra, concertino da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e primeiro violoncelo da Camerata Fukuda e da Orquestra de Câmera da Unesp. Atuou ainda junto a Orquestra Experimental de Repertório e Jazz Sinfônica.
Orquestra São Paulo Sinfonieta
Formada por músicos de orquestras de São Paulo, tem como principal missão um trabalho de alta qualidade e excelência artística.
“As Quatro Estações de Vivaldi a Piazzola”
As quatro estações do ano, primavera, verão, outono e inverno sempre foram inspirações para grandes escritores, pintores e compositores. Os mais famosos foram, sem dúvida o grande compositor veneziano Antonio Vivaldi na era barroca e, na idade moderna o argentino Astor Piazzola.
Vivaldi com inspiração na natureza procurou exprimi-la através de seus elementos como: o vento, a água, a chuva e as tempestades. Não deixando de relatar imagens do cotidiano de sua época.
Piazzola já teve uma inspiração voltada ao ser humano, suas emoções e temperamentos do homem moderno, uma obra de vigor sem igual e característico de sua genialidade.
Antonio Vivaldi
Nasceu na carnavalesca Veneza em 4 de março de 1678. Não poderia ser diferente: a cidade italiana - emblematizada por máscaras coloridas, gôndolas românticas e canais melancólicos - influenciou sua obra. Filho de Giovanni Batista, Vivaldi ouviu os primeiros sons de violino em casa. Seu pai, um músico que tocava na basílica de São Marcos, lhe ensinou os principais segredos das quatro cordas do instrumento que o imortalizaria como um dos principais gênios da música.
A sensibilidade de Vivaldi levou-o a preocupar-se com as coisas da alma e a optar pelo sacerdócio, como forma de se realizar. Estudou em seminários, onde também se dedicou à música. Ordenou-se padre em 1703, mas sua arte não estava em rezar missas. Pesou contra o ‘padre ruivo’ a acusação da Igreja de se ter deixado envolver, sentimentalmente, com uma de suas alunas de violino. Enfrentou as autoridades eclesiais o quanto pode, mas acabou desistindo da carreira. Para afastar-se do ofício, alegou problemas de saúde. Há registros de que sofria com fortes dores no peito, possivelmente provocadas por asma ou angina.
A partir de 1704, longe da batina, Vivaldi foi regente no conservatório de Ospedale della Pietà, um dos quatro grandes orfanatos para meninas, na cidade de Veneza que serviam, também, como escolas de música. Ali conheceu a moça por quem se apaixonou. Era Anna Giraud, inspiradora de suas óperas e tormenta de todos os seus dias, até a morte. Vivaldi passou a compor com intensidade.
Da sua lista de composições fazem parte 550 concertos, 350 para instrumentos solo (mais de 230 para violino). Há ainda 40 concertos duplos, mais de 30 para solistas múltiplos e perto de 60 para orquestra sem solo, 46 óperas, 23 sinfonias.
A mais popular obra de Vivaldi é, certamente, “As Quatro Estações”. Na verdade, elas fazem parte de 12 concertos denominados “O diálogo entre a harmonia e a criatividade”. Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos, como a primavera, o verão, o outono e o inverno retratados em “As Quatro Estações”.
Astor Piazzola
Artista independente Argentino, Piazzolla estudou com o primeiro compositor clássico do país, Alberto Ginastera, e em 1954, ganhou uma bolsa de estudos para estudar com Nadia Boulanger em Paris, onde absorveu as influências do impressionismo francês, do contemporâneo atonal e do jazz de improviso.
O tango de Astor Piazzolla “As quatro estações de Buenos Aires” (“Cuatro estaciones poteñas”), foi escrito como quatro trabalhos distintos entre 1965 e 1970 e não tinha qualquer intenção original de ser uma homenagem a Vivaldi ou ser executado como uma suíte. Composto originalmente para violino, guitarra elétrica, piano, baixo e o bandoneon (um acordeão de botões largos – instrumento muito comum na América Latina), “As Quatro Estações de Piazzolla” foram re-orquestradas nos anos 90 por Leonid Desyatnikov para o violinista russo Gidon Kremer, que começou a estabelecer a ligação da obra com estações de Vivaldi.
Piazzolla, inventor do novo tango, escreveu suas Quatro Estações com elementos reconhecíveis das Quatro Estações de Vivaldi, adicionando contudo toques bem-humorados do tango.
Fonte: Elaine Enside
Prefeitura de Votuporanga
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