Convites para show do Moraes Moreira já estão à venda


Primeiro cantor de trio elétrico do Brasil se apresentará em Votuporanga nesta sexta-feira, às 20h30, no Centro de Convenções “Jornalista Nelson Camargo” O cantor baiano Antônio Carlos Moreira Pires, conhecido artisticamente como Moraes Moreira, se apresenta no Centro de Convenções de Votuporanga “Jornalista Nelson Camargo” na próxima sexta-feira (17/9), às 20h30. Os convites, que custam R$ 50 para público em geral e R$ 25 para estudantes, já estão sendo vendidos na bilheteria do Centro de Convenções que fica aberta das 8h às 17 horas. Vale destacar que das 367 poltronas disponíveis, mais de 200 já foram vendidas.

O Centro de Convenções fica na avenida dos Bancários entre as ruas Mato Grosso e Virgílio Mastrocola, o telefone para mais informações é o 3421-8218.

Moraes MoreiraAntônio Carlos Moreira Pires nasceu em Ituaçú (BA) em 08 de Julho de 1947. Criado no sertão da Bahia, desde cedo tocava sanfona, que mais tarde substituiu pelo violão e pela guitarra. Em 1966 mudou-se para Salvador e entrou em contato com o rock and roll, e também com as criações de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo. Arranjou emprego num banco, e em noitadas de violão na própria pensão onde morava, conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luís Galvão, com os quais criaria o grupo Os Novos Baianos, que estreou em 1968, apresentando ainda Pepeu Gomes e Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil).

No ano seguinte, participou, com o conjunto, do “V Festival da Música Popular Brasileira” da TV Record de São Paulo, com sua composição "De Vera" (com Galvão). A canção foi registrada no primeiro LP do grupo, lançado nesse mesmo ano, ao lado de outras da mesma dupla de parceiros como "É ferro na boneca" e "A casca de banana que pisei".

Em 1972, o grupo incorporou o baixista carioca Dadi e os percussionistas Jorginho Gomes, Baixinho e Luis Bolacha. Redirecionado musicalmente pela influência de João Gilberto, amigo de infância de Luis Galvão, o conjunto gravou, pela Som Livre, o LP "Acabou Chorare", contendo, entre outras, canções de sua parceria com Galvão, como a faixa título, "Mistério do planeta", "A menina dança", "Um bilhete pra Didi", "Tinindo trincando" e "Preta, Pretinha", esta última vindo a se tornar um dos maiores sucessos do grupo, que também ficaria conhecido pela releitura de "Brasil pandeiro" (Assis Valente), incluída nesse mesmo LP.

Em 1973, ainda com o grupo, lançou o LP "Novos Baianos Futebol Clube". Neste disco, foram registrados outros sucessos de sua autoria, como "Besta é tu" (com Pepeu e Galvão), "Sorrir e cantar como Bahia" e "Só se não for brasileiro nessa hora", ambas em parceria com Galvão, entre outras. O disco incluiu também uma releitura de "Samba da minha terra" (Dorival Caymmi), que se tornaria outro grande sucesso do conjunto. Após 1974, com a dissolução do conjunto, partiu para carreira solo. Nesse mesmo ano, participou da trilha sonora da novela "Gabriela" (TV Globo), na qual interpretou sua música "Guitarra baiana". Em 1975, lançou seu primeiro disco solo, "Moraes Moreira" e, no ano seguinte, iniciou uma parceria com o poeta Fausto Nilo, com quem compôs "Santa fé", tema de abertura da novela "Roque Santeiro" (Rede Globo).

Em 1975 deixou o grupo para seguir carreira individual. A partir dessa época, foi um dos responsáveis pela afirmação e pelo crescimento do carnaval de rua em Salvador. Em 1976 fez grande sucesso no Carnaval baiano, como cantor do Trio Elétrico de Dodô e Osmar. Lançou, em 1978, “Pombo correio”, que se tornou grande êxito carnavalesco nacional. Em 1979, lançou o LP "Lá vem o Brasil descendo a ladeira", um de seus maiores sucessos de venda. A partir de 1983, passou a desenvolver o Projeto Brasil, uma série de shows pelas capitais do país, com repertório carnavalesco, frevos e marchas como “Grito de guerra” e “Festa do interior”. Nessa época, decepcionado com a organização do Carnaval de Salvador (excesso de turistas, perda de autenticidade em favor do espetáculo etc.), começou a orientar seu trabalho de compositor e intérprete para um caminho mais acústico e com mais integração entre o erudito e o popular. Dessa nova vertente saíram dois discos: “O Brasil tem concerto” e “Morais Moreira acústico”. Em 1991 lançou o disco “Cidadão”, com destaque para Leda, parceria com Paulo Leminski. Lançou em 1993 o disco “Terreiro do mundo”, destacando-se Agradeça ao Pelo (com Neguinho do Samba).

Comemorou 50 anos de idade em 1997, com o CD Estados, que incluiu o sucesso “Sinal de vida”. Lançou também pela Virgin o CD 50 Carnavais, com sete inéditas e cinco regravações de antigos sucessos. Em 2001, participou do Rock In Rio, apresentando-se, com seu trio elétrico, no Palco Mundo. Lançou, em 2003, o CD "Meu nome é Brasil" e em 2005, gravou o CD "De repente”, com o show de lançamento acontecendo na Feira de São Cristóvão, ponto de encontro do povo nordestino no Rio de Janeiro, e na Modern Sound (RJ).

Em linguagem de cordel, lançou, em 2007, o livro “A história dos Novos Baianos e outros versos” (Língua Geral Editora), acompanhado de um CD que registra sua voz na leitura do cordel e também de poemas inéditos e letras de sua autoria. Lançou, no ano passado, o CD e DVD "Moraes Moreira - A História dos Novos Baianos e Outros Versos", gravado na Feira de São Cristovão, com direção de João Falcão. Entre suas principais composições estão Festa do interior (com Abel Silva), Forro do ABC (com João Santana), Acabou chorare, Preta pretinha, É ferro na boneca.

Entre outros, seus principais interpretes são: Gal Costa, que transformou Festa do interior na música mais tocada de 1982, Maria Bethânia, Simone, Fagner, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Elba Ramalho, Marisa Monte e Daniela Mercury.

Fonte:
Lara Rodrigues, com informações de biografia da Enciclopédia da Música Brasileira

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