Pedranópolis - Uma pedra preciosa do Interior Paulista


Com o Distrito de Santa Izabel do Marinheiro dotado de prainha, córregos e paisagens exuberantes, o povoado de Dulcelina onde a hospitalidade se faz presente e o Centro de Lazer do Trabalhador “Ângelo Giacomini”, Pedranópolis redescobre o turismo e mostra todo o seu potencial nas páginas da Imagem. Acompanhe nossa aventura, descubra as belezas e curta as impressionantes paisagens desta “pedra preciosa” que é Pedranópolis.

É realmente incrível como as cores ganham tonalidades lindíssimas pela manhã, principalmente se a luz do Sol incide sobre a Praça da Matriz de Pedranópolis/SP. Foi nesse cenário que iniciamos nosso primeiro dia de trabalho em busca de belas imagens. Tínhamos na agenda um roteiro que incluía diversos pontos turísticos, dentre os quais: o Córrego das Pedras (daí o nome da cidade), o Córrego do Angico e a Prainha do Águão, situada às margens do Ribeirão do Marinheiro, no distrito de Santa Izabel do Marinheiro.

Apesar de todos os dados disponíveis, precisávamos de um guia para conseguirmos acessar locais e informações pertinentes ao município sede Pedranópolis, ao distrito de Santa Izabel do Marinheiro e ao povoado de Dulcelina. Para nossa felicidade, fomos recepcionados pelo secretário municipal de Esportes, Sebastião Ferreira da Cruz, conhecido carinhosamente por Tião do Bar, um entusiasta em matéria de turismo. Pronto! Estava nomeado o mais novo membro da Equipe Imagem.

Dulcelina
Seguimos pelo acesso de terra que liga Pedranópolis à Dulcelina, uma estrada bem cuidada, com boas condições de tráfego. Era manhã e a luz não era propícia para fotografarmos os córregos e o ribeirão, por isso, decidimos conhecer e registrar o povoado. Durante o trajeto, Tião nos colocou a par do trabalho desenvolvido pela atual administração e do interesse do prefeito José Roberto Martins em resgatar o ecoturismo no município.

Casinhas simples e uma bem cuidada pracinha. Nesse cenário agradável que nos remete há tempos de tranquilidade e a vida pacata de antigamente encontramos o senhor Otávio Gonçalves Leite, cuja trajetória pontuamos na “Matéria Especial”.

Na Praça de Dulcelina, localiza-se a Igreja do Divino Espírito Santo, ao lado, uma árvore nativa conhecida como “Amendoim do Bugre” oferece sombra para os que ali passam. Existe ainda um “parquinho” para as crianças e excelente arborização. Um conjunto verdadeiramente harmonioso, que agrada a olhares e corações.

Santa Izabel do Marinheiro
Depois de retornarmos ao nosso ponto de partida, Pedranópolis, seguimos pela vicinal “Chafic Marão” por doze quilômetros, até chegarmos a Santa Izabel do Marinheiro. Para não fugir à regra, encontramos na Praça Central a bela igreja da padroeira Santa Izabel e uma árvore centenária, cuja circunferência de sua frondosa copa oferece sombra aos moradores e turistas a qualquer hora do dia.

Prainha e Marinheiro
O caminho para a “Prainha do Águão” é feito por terra e nossa equipe não encontrou dificuldades no trajeto. Tião havia feito contato com outro guia que nos conduziria pelas águas tranquilas do “Marinheiro”. Enquanto esperávamos, fotografamos o lugar que conta com um conjunto de quiosques e casas, além de muitas árvores e denso gramado. O verde se faz presente na paisagem até a beirada do ribeirão. A tarde caia quando embarcamos na companhia de Thiago Bácaro, um jovem morador que, apesar dos seus vinte anos de idade, pilota barcos com maestria e conhece bem o local.

Já nas proximidades da prainha, percebemos que o “Marinheiro” é um rio cheio de vida, onde a prática da pesca é possível e invariavelmente apresenta bons resultados. Registramos o local conhecido como “barrancão”, que segundo Thiago, muitos pescadores e turistas o frequentam em busca de piaus e outras espécies de peixes.

Seguimos viagem, desta vez margeando o rio em busca de imagens da fauna local e para nossa surpresa fomos brindados com a exuberância do voo dos “cabeças secas” e de um “tuiuiú”, que não deixou por menos e mostrou toda a plástica de um sobrevoo digno de uma ave pantaneira.

O “Marinheiro” recebe as águas generosas do Córrego das Pedras e por esse motivo procuramos localizar esse encontro, mas no trecho do rio onde teríamos acesso ao córrego fomos impedidos pela queda de uma árvore. Restava apenas, conhecer o córrego que dá nome ao município por terra. Tarefa para mais um dia de aventura.

Córrego das Pedras e Angico
A história de Pedranópolis se confunde com o Córrego das Pedras o que o torna um símbolo com suas corredeiras, curvas e quedas d’água. A certa altura, recebe o nome de Angico, devido o grande número e árvores da espécie que o cercam, mas o que predomina são as pedras, impossíveis de serem contadas ou catalogadas, estão ali mesmo é para deleite dos olhos de quem as contempla.

Iniciamos pelo Córrego do Angico, na companhia do sempre solerte Tião e contávamos agora com um experiente guia em terra, Lucas Fernando Pereira dos Santos, encarregado de nos mostrar as belezas do Angico e suas corredeiras. Muitos lajeados, onde se é possível caminhar até o centro do córrego e lindas quedas d’água nos renderam momentos indescritíveis na natureza e lindas fotos.

Seguimos por horas a margem do Angico e decidimos deixar o Córrego das Pedras para o dia seguinte. Era preciso aproveitar ao máximo a luminosidade que rasga a densa vegetação.

A princípio a paisagem nos deixou preocupados, com sinais de grande devastação ocorrida pelas cheias, muitas árvores que margeavam o córrego foram arrancadas pela raiz, tamanha a força das águas que por ali passaram durante as chuvas, um claro sinal do assoreamento de nossos córregos e ribeirões e da presença do homem modificando a natureza e o meio onde vive.

À medida que avançamos o “Córrego das Pedras” mostrava sua imponência, com pontos de estrangulamento, quedas e lajeados e foi possível registrar o grande volume de pedras existentes que banhadas pelas águas, tomam tonalidades diferentes e vão sendo esculpidas com o passar dos anos.

Pedreira
Descobrir uma pedreira desativada em meio a esta linda paisagem foi um verdadeiro prêmio para nossas lentes. O antigo canteiro de escavações de basalto, hoje abriga um sereno lago cuja profundidade é difícil precisar, mas a beleza do local é sem dúvida muito maior.

Segundo nossos guias, essa pedreira é quase cinquentenária e suas atividades extrativistas cessaram há quase vinte e cinco anos, restando apenas lembranças, beleza e um gigantesco lajeado formado por enormes quantidades de basalto.

Com o entardecer, partimos em nossa viagem de volta, carregados de material fotográfico valioso, um sabor de “missão cumprida” na alma e o que é melhor: a certeza de que conquistamos amizades sinceras por onde passamos.

Como chegar
Pedranópolis tem seus limites circundados pelos seguintes municípios:
Macedônia, Parisi, Cardoso, Meridiano, Fernandópolis e Valentim Gentil

O acesso por Fernandópolis se dá pela vicinal “João Carlos Estuque”, de Pedranópolis é possível acessar o distrito de Santa Izabel do Marinheiro pela vicinal “Chafic Marão”. Todas as estradas possuem boas condições de tráfego, inclusive as rurais.

Texto retirado da Resvista IMAGEM DOS GRANDES LAGOS do mês de março
Contato: Admilson José Garcia
admilsongarcia@hotmail.com

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